Na primeira vez que experimentamos esse vinho foi uma decepção, porque estava com a rolha comprometida e o gosto de papelão dominou todo o vinho, descartando qualquer chance de avaliação. Mas não desistimos, até porque é um Chianti bem vendido no Brasil e com preço razoável (R$45).
O produtor é a tradicional Ruffino,
fundada em 1877, que elabora o vinho na região demarcada de Chianti, na
Toscana. Até meados da década de 1970 a garrafa era coberta de palha (veja), mas a vinícola inovou ao começar a vender seu vinho numa garrafa tipo "florentina" (veja uma foto aqui).
É elaborado a cada safra com proporções diferentes, mas sempre com a predominância da Sangiovese, que em 2009 contribuiu com 75% do corte, sendo o restante completado com uvas Canaiolo e Colorino. Não tem passagem por
madeira. O teor alcoólico é de 12,5%.
É um vinho correto, mas não é excepcional. Vale o que custa e serve de parâmetro para entender as características de um Chianti.
Na taça a coloração é um rubi bem claro, com transparência lembrando um Pinot. No nariz os aromas são moderados, frutos vermelhos como ameixa e uma leve lembrança floral (violeta). Na boca tem pouco corpo, acidez marcante, frutado se repete, deixando a boca à espera de comida, até porque são poucos os vinhos italianos feitos para apenas bebericar.
Final de boa persistência, com taninos deixando a boca um pouco seca, mas com fruta presente e algo de especiarias. Pede o próximo gole.
Saúde a todos!
2 comentários:
Grande Gil!
Tomei esse Chianti semana passada(23/4),e lendo seu artigo peguei minhas anotações e as impressões que tive foram praticamente idênticas,sinal que estou aprendendo rsrs!
Grande abraço!
Marcello Galvão
www.agendadevinhos.com
Grande Marcello,
Esse Chianti é bem tradicional e pensei de início que minhas impressões pudessem não estar corretas, porque achei um vinho bem simples.
Mas já que concordou, fico feliz.
Abraço.
Postar um comentário