Tive a satisfação de provar muitos vinhos da Vinícola Salton recentemente, em razão das degustações para o Wine Bar, evento virtual que reúne formadores de opinião em torno de um vinho ou de vários deles, sempre com a presença de um representante da vinícola ou importador, quando é o caso.
Esse tinto é um corte de sete variedades, em homenagem aos sete irmãos que iniciaram a história da vinícola. Todas as uvas são cultivadas na Campanha Gaúcha, região de fronteira com o Uruguai. São elas: Tannat, Ancelota, Merlot, Cabernet Franc, Teroldego, Cabernet Sauvignon e Marselan.
No contra-rótulo há uma interessante explicação da vinícola sobre o papel de cada uma das uvas no conjunto criado pelo enólogo Lucindo Copat. Por exemplo, a Tannat contribui com "elegância rústica pela presença de sólidos taninos, aportando potencial de guarda". Já o Marselan "oferece uma refinada estrutura ácida, e também um equilibrado potencial polifenólico".
Entendo que isso seja importante para o consumidor compreender que os percentuais são diferentes num vinho de alta qualidade e a cada safra podem variar, principalmente em regiões em que o clima interfere muito no resultado da safra.
Esse vinho fica um ano amadurecendo em barricas de carvalho francês e mais um ano repousando nas caves da vinícola para ganhar complexidade. Tem 13% de álcool e foram produzidas 7.547 garrafas. Abri a de nº 0961.
Na taça tem coloração púrpura, brilhante e límpido.
Boa intensidade aromática, com notas de frutos vermelhos, especiarias, balsâmico e leve baunilha. Em boca a complexidade é maior, com a presença de tostado e café provenientes da passagem por madeira. Taninos macios e grande acidez. Tem bom corpo, elegante e aveludado, de final longo, com palato marcado por discreta presença de especiarias, com maior destaque para frutos vermelhos e uma gostosa lembrança de bala de café.
Me pareceu já pronto para beber agora, porque os taninos, embora presentes, estão bem macios. Mas, se quiser que a complexidade aumente é possível guardá-lo por mais 1-2 anos, sem preocupações.
Vinho gastronômico, porque tem uma acidez que pede comida. Como sugestões de harmonização a vinícola indica queijos de pasta dura, massas recheadas, como raviólis e tortelones, com molhos condimentados, carnes de gado e caça assadas na brasa.
Detalhes da compra:
Esse vinho pertence à Linha Exclusividade da vinícola, que o vende em sua loja virtual por R$100. Mas, essa garrafa me foi enviada pela vinícola para participação em mais uma edição do Wine Bar (veja aqui como foi).
Saúde a todos!
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